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Qual era o direito dos Estados Unidos de intervir nos assuntos dos países vizinhos americanos para combater as ameaças que representavam sua segurança e seus interesses?

A Doutrina Monroe
A Doutrina Monroe é uma política externa dos Estados Unidos. Anunciada em 2 de dezembro de 1823 pelo presidente James Monroe, afirma que os EUA considerariam um ato de agressão qualquer tentativa de uma potência europeia de interferir nos assuntos políticos das Américas. A doutrina foi uma resposta às tentativas europeias de recolonizar partes das Américas após as Guerras Napoleônicas. A Doutrina Monroe tem sido interpretada como uma forma de imperialismo Americano e tem sido criticada pela sua natureza unilateral e pela sua tendência para justificar a intervenção dos EUA nos assuntos de outros países.

A Doutrina Monroe tem as suas origens nos primórdios dos Estados Unidos, quando o novo país lutava para estabelecer a sua independência e integridade territorial. Na altura, as potências europeias ainda disputavam o controlo das Américas e os EUA temiam que pudessem tentar recuperar as suas antigas colónias. A Doutrina Monroe foi concebida para alertar a Europa de que os EUA não tolerariam qualquer nova colonização das Américas.

A Doutrina Monroe foi invocada várias vezes ao longo dos anos para justificar a intervenção dos EUA nos assuntos de outros países. Em 1846, por exemplo, os EUA usaram a Doutrina Monroe para justificar a anexação do Texas, que recentemente conquistara a sua independência do México. Em 1917, os EUA usaram a Doutrina Monroe para justificar a sua entrada na Primeira Guerra Mundial, argumentando que o Império Alemão era uma ameaça à segurança e aos interesses das Américas.

A Doutrina Monroe tem sido controversa desde o seu início. Os críticos têm argumentado que é uma forma de imperialismo Americano e que tem sido utilizado para justificar a intervenção dos EUA nos assuntos de outros países por razões ilegítimas. Outros argumentaram que a Doutrina Monroe é uma ferramenta necessária para proteger a segurança e os interesses dos Estados Unidos.

Apesar da controvérsia, a Doutrina Monroe continua a ser uma parte importante da política externa dos EUA. Ajudou a moldar a história das Américas e desempenhou um papel na prevenção de que as potências europeias recolonizassem a região.